terça-feira, 1 de setembro de 2015

Vovós e vovôs

Depois de mais de dois anos morando na Austrália, voltei à Europa. Eu ia dizer que era meu continente preferido, mas daí pensei que certamente é a América do Sul. Daí eu ia dizer que era o segundo preferido, mas me lembrei da África. Mas é um lugar que eu tenho muita admiração.

No primeiro dia, me coloquei na janela, como as namoradeiras das esculturas tradicionais mineiras e goianas. Observava tudo com atenção. Então me admirei ao ver uma senhora idosa passando. Essa senhora se vestia como idosa, assumia seus cabelos brancos, andava um pouco curvada e carregava compras. É o estereótipo das avós de toda a vida. Ao me surpreender com essa visão, percebi que ela era rara na minha vida atual. Então percebi que na Austrália há poucas vózinhas. Há poucas mulheres idosas que se assumem como tal, que não tentam rejuvenescer. De fato, acho que é uma epidemia mundial. Por quê será que há mais avós na Espanha?

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