quarta-feira, 24 de junho de 2015

Me separei e abri o depósito

Quando eu estive na minha cidade natal muitas coisas aconteceram. Entre elas o fim definitivo de um relacionamento que me ocupou demais. Não estou falando de tempo, mas de emoções, de planos, de sentimentos, de rumo, de tudo... eu me perdi dentro dele. Já não sabia mais quem eu era e o que valia a pena. Era uma coisa de afirmar e reafirmar os meus valores, mas quais eram eles mesmo?

Nesse contexto, fui visitar o depósito onde tínhamos guardado a nossa casa.
Na oportunidade de me reencontrar onde eu nasci, havia um depósito. E tinha aquela coisa que eu tinha que fazer, que era abrir e achar um rumo para o depósito com as minhas/nossas coisas que estavam estocadas para o momento planejado quando voltaríamos comigo grávida para ter nosso primeiro filho(a). É, planos demais para duas pessoas perdidas demais.

Eu não podia dirigir porque tinha acabado de passar por uma cirurgia de 6 horas. A cirurgia, por sinal, foi uma limpeza dele. Foi uma faxina completa, todos os resquícios que me impediam, que impediam minha barriga de crescer, apesar de estarmos tentando engravidar há um ano.

Convenci um querido, amado, idolatrado amigo a ir comigo. Eu tinha uma chave, mas nunca havia lá estado antes. Abrindo o depósito... depósito cheio.... cheio de tudo. Abri um repositório de emoções. Havia terno caído no chão. Havia um armário de bebê.

Peguei algumas caixas. Outras deixei. Algo há que se deixar do tempo que passamos juntos.
Mas eu fechei a porta e tranquei.


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