Estou de volta à vida Big Brother.
Cheguei em Cabo Verde às uma e pouco da manhã, sei que cheguei em casa às 2hs. Às 7hs acordei com uma mensagem no meu celular: "Ouvi dizer que você voltou, bem vinda!". Passei o resto do dia tentando imaginar como a pessoa em tão pouco tempo tinha ouvido falar de tal notícia. Eu sempre passo dias inteiros pensando em coisas bizarras. Enfim, no outro dia descobri que uma colega que voltou comigo no vôo foi em missão para Dakar logo em seguida e deu a notícia para o colega que me enviou a mensagem.
Sei que também não consegui trabalhar no outro dia, era um misto de tristeza, de inchaço nas pernas, de cansaço, de tudo. Às 17hs resolvi descer para comprar água e frutas. Quando chego ao supermecado, aquela tristeza ao ver as frutas disponíveis. Conpro água e cerveja. Volto para casa e resolvo ir à abertura da exposição de uma amiga nossa, meio cabo verdeana, meio marroquina. Foi animada, legal, há pessoas legais na Praia. Mas não há mudanças, não há novas caras.
Nada mudou nesse mês que fiquei fora, apesar das notícias ruins que escutei no caminho do aeroporto para casa: "choveu tanto que muitas pessoas perderam tudo o que tinham" "Ué, mas não era bom chover muito?" perguntei. "fulaninha foi passar as férias em Mali e pegou malária e está em coma na França", etc, etc...
No aeroporto em Fortaleza já parecia que eu estava em algum evento social de Praia. Encontrei colegas, a diretora de serviços sociais, amigos de amigos que estavam indo passar férias em Cabo Verde, brasileiros que trabalham com cooperação, aquele ságuão estava que estava, todo mundo tomando sua cervejinha...
Para mim, o momento que eu realmente sinto que saí, aquele momento ímpar de todas as despedidas que venho tendo nas últimas horas, dias, é o momento em que eu troco o chip do celular. É aquele momento em que as suas relações realmente ficam, você não pode mais ser tão facilmente acessível aos seus amigos, à sua família, e você tem que se abrir para as novas relações no seu outro lar, na sua outra casa. Mas foi gostoso também trocar o chip e ter alguém para ligar para me buscar no aeroporto, de madrugada.
Agora eu tenho uma reunião e estou comendo pão de queijo. Tem coisas que não temos como deixar para trás.
Um comentário:
Ahhhh!! Estamos no corre corre no meio dos livros e aulas que não me toquei que você ficaria pouco tempo por aqui!Perdoe esses seus amigos relapsos... hehehe
Bjs Didi
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