sexta-feira, 25 de abril de 2008

Biodanza

Um dos grandes vazios que me preenche hoje é a ausência de biodanza em Cabo Verde. Fazer biodanza me preenche, me dá um propósito, me alegra, me permite. O foco de biodanza mais próximo que achei foi nas Ilhas Canárias, onde há uma escola dirigida por Margarita Karger. Escrevi e claro que houve uma recepção muito carinhosa da parte dela, me incentivando a terminar a minha formação lá e também a fazermos uma maratona em Cabo Verde. Terminar a formação será difícil, apesar de toda a abertura da Margarita. Infelizmente, só há vôos para lá uma vez por semana e eu não posso tirar uma semana de férias todos os meses...
Desde o início me propus a tentar agilizar uma maratona por aqui, para aos poucos, quem sabe, trazermos o movimento de biodanza para o país. Levei a idéia para o pessoal que faz aula de yoga, para ver a receptividade. Eles pediram então para eu escrever um texto descrevendo a biodanza e quizá dar uma aula experimental...
Marcamos uma aula em Fevereiro... na semana me deu aquele frio na barriga!! E como ainda não estava satisfeita com as primeiras músicas, usei a desculpa de que eu ia para as Canárias, lá eu ia fazer biodanza e quem saber conseguir mais músicas, para adiar. Depois fiquei meio desanimada, mas todo dia que ia para a yoga o grupo me cobrava a aula, não tinha mais como voltar atrás. Remarquei a aula para essa semana...
Eu fiquei muito, muito nervosa. Bebi 1L de água e ainda não sentia nenhuma saliva na minha boca que me permitisse falar tranquilamente... hehe bom, eu fui sincera com o grupo, falei que era a primeira vez que eu orientava um grupo, tentava mostrar o que é biodanza para um grupo em que todos nunca tinham participado de outras sessões, que ia tentar fazer meu melhor mas que era para cada um seguir também seu coração. Todos me disseram depois que perceberam meu nervosismo no início, mas é com uma alegria imensa no coração que eu digo que eles gostaram!!!!!
Foi uma aula bem gradativa com muito pouco toque, porque aqui eles não estão acostumados a isso. Na roda final da sessão uma senhora que estava do meu lado disse: “É muito bom esse toque, a gente precisa”. E ela estava falando só do toque das nossas mãos na roda! No final da aula percebi que o grupo estava mais aberto, comunicativo. Normalmente depois da yoga cada um pega a sua esteira e vai embora esboçando um “tchau”. Dessa vez, enquanto tomávamos os suquinhos que eu não podia deixar de ter levado, combinamos um encontro no sábado na casa de uma das senhoras do grupo (Ah, tenho que dizer que não havia nenhum homem presente!!). Me pediram o CD emprestado para copiar porque adoraram as músicas (essa parte eu AMEI uma vez que me preocupei muito com as músicas!!!) e pediram já, assim, logo de cara, se não podia fazer isso de 15 em 15 dias ou pelo menos 1 vez por mês. Bom, isso eu não esperava. Sinceramente. Como eu posso fazer biodanza de 15 em 15 dias quando demoro ainda 2 meses para escolher músicas!
Sábado fui almoçar com duas amigas que não tem nada a ver com o grupo de yoga e a surpresa, alguém já tinha comentado da aula e elas também estão interessadas! A vantagem de uma cidade pequena é que quando há algo novo logo a notícia se espalha. Na reunião todos ainda estavam comentando como tinham gostado da biodanza, uma disse que tinha passado a sexta procurando sobre biodanza na internet e já chegou contando a todos que era a “Dança da Vida”... bom, acho que essa foi uma das minhas grandes conquistas por aqui!

Um comentário:

Unknown disse...

Amiga, que bom que deu tudo certo! Fico muito feliz por você!Um monte de beijos
Inae

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