Estou agora fazendo futevôlei e futebol. Adoro. O futebol é só de vez em quando, e só para mulheres. Homens só entram como goleiros e para ficar dando dicas, ou seja, gritando no nosso ouvido. Geralmente eu fico na zaga, pirulitando e tentando evitar que as outras façam gols. Minha função, assim, é basicamente encher o saco das outras: ser sua sombra e tirar o brinquedo do pé delas o máximo possível. Semana passada ocorreu algo diferente. Eu estava no meio do campo observando o trabalho das nossas atacantes quando a bola passa por perto. Uma atacante do time adversário ameaça recuperar a bola, então eu não penso duas vezes e a ajeito no pé e chuto na direção do gol, ao não ter ninguém do time no meu campo de visão. E não é que a bola entra? Foi meu primeiro gol- e muito emocionante. Não cabia em mim de tanto contentamento. E neste século XXI, minha primeira atitude foi aquela- postar em seguida o meu logro no facebook, o que gerou comentários engraçados dos homens ciumentos. De fato, as mulheres vão dominar o mundo- meu comentário.
Já o futevôlei é misto, e na maior parte das vezes há mais homens que mulheres. Todo mundo- menos eu- é bonito e sarado. Atletas que amam comer frutas nos intervalos. Eu sou a mulher que na quarta volta ao redor da quadra pára por uma volta inteira para recuperar o fôlego e beber água. Nosso treinador- Beitola- também conhecido como "Cenoura e Bronze" é quase um general, tem toda a pose, tono de voz e autoridade. O bom é que às vezes dá quase para perceber um sorriso no seu rosto sério. Isso ocorre quando um corajoso tece algum comentário engraçado a respeito do treino e ele não resiste. eu particularmente notei isso nun dia em que ele era a minha dupla, e outra terminou o exercício antes. Ele ficou em choque: como? Aí rolaram umas poucas e medrosas piadinhas- ele havia errado muito, a boca dele mexou um pouco em júbilo.
Às vezes eu tenho crises se devo continuar frequentando o treino ou não- afinal, apesar do meu imaginário de vida, eu estou mais para un estilo totalemnte boêmio do que atleta. Mas justamente para respeitar esse meu lado existente, mesmo que pequeno, eu continuo frequentando.
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