Bonito é bonito

A viagem a Bonito surgiu assim de repente, sem nenhum planejamento. Adoro viagens assim!
Mais uma vez, fui salva pela galera do couchsurfing (cs). O grupo de Campo Grande estava planejando uma viagem a Bonito neste mesmo fim de semana! Fui recebida sexta à noite pela Vanessa e sua mãe, Ana. No outro dia, uma super caminhonete vem nos buscar para a aventura. A paisagem nas duas horas de estrada é chocante: não creio haver 1km que não tenha soja plantada ou gado no pasto. Tudo ocupado, preenchido, com pequenos círculos verdes de mata, exigência do atual código florestal. Essencial.
Em Bonito, a indústria turística ainda não está muito desenvolvida, o que me surpreendeu, pois é um dos destinos turísticos mais famosos do Brasil. Tudo muito precário, mesmo lotado de estrangeiros desejando fazer passeios. Depois de alguns perrengues, conseguimos agendar a flutuação no rio Sucuri. É uma das coisas mais lindas que eu já vi, água totalmente transparente, meio azul... quatro horas flutuando dentro da água. É transcendente. O contato intenso com a água, ficar submersa por 3 horas foi como renascer do utero materno, esqueci o passado e senti aquela alegria espontânea de uma criança. A vida de repente, e por motivo algum, tornou-se perfeita, sublime.
A perfeição da entrada e o frio final, a vontade de sair. Mas o final é o mais emocionante, já que as pessoas jogam milho para os peixes, fica cheio deles, por todos os lados. O enorme cardume de peixes, a água translúcida, perfeitamente cristalina.

Nesta mesma noite, fomos conhecer o Projeto Jibóia, educação ambiental quesito cobras. Você escuta uma palestra engraçada, ri um pouco e depois tira umas fotos abraçada na cobra. Achei que a foto ia ser moleza, mas confesso que quando senti aquela pele fria na minha pele me deu uma agonia e as fotos estão horríveis!
Domingo foi um dia meio morto. Acordamos às 7hs, mas no interior o povo toma um café da manhã super demorado, e até às 9hs ainda não tínhamos nem decidido o que íamos fazer. Pior do que acordar cedo é acordar cedo para não fazer nada. Depois de muita luta, o grupo se dividiu, uma parte foi fazer bóia cross e outra (eu inclusive) foi conhecer a famosa Gruta Azul. Linda, mas muito parecida com a gruta na Chapada Diamantina. Depois já famos embora porque a galera queria terminar com um churrasco em Campo Grande. Linguiça de carne de verdade. Gostosa. Trouxe R$ 20 delas.