Chocadíssima com as notícias de hoje nos jornais, a respeito da derrubada pelo exército israelense de uma frota de navios com bandeira branca, com fins humanitários, em direção à Gaza, resolvi ressuscitar e relatar uma história israelense.
Eu devo dizer que geralmente fui bem tratada e gosto muito de Israel, mas que sou totalmente contra a política ortodoxa religiosa que domina o país e que leva a exageros como os que foram cometidos hoje. Essa ortodoxia pune a própia população secular que não se identifica com esses princípios e que não gostaria de ter que servir o exército por 3 anos.
Tinha uma manhã de folga então resolvi pedalar pelo deserto ate o kibbutz mais famoso da região, que tem uma produção de leite e derivados deliciosa, Yotvata. Uma amiga israelense me contou que quando era criança o momento mais aguardado do ano era a viagem para Eilat, só para parar no caminho e comprar o leite achocolatado, já que não era comercializado pro resto de Israel. Pensei que pedalando ate lá poderia me dar um sorvete de presente. Estava indo pela estrada de areia batida entre as plantações de tâmara e a autoestrada quando vi algo grande vindo na outra direção, algo estranho quando se esta no meio do deserto, mas pensei que seria um trator ou algo parecido. Quando se aproxima percebo que é um tanque do exercito, então obviamente saio da estrada, ele é mais forte que eu, e espero no "acostamento". Então o tanque pára e os soldados falam "oi", ficamos nos olhando dois minutos sem falar nada, então faço aquele gesto de "e então", eles perguntam se está tudo bem, falo que sim, só estou pedalando, eles então vão embora... e eu fico rindo, é uma experiência totalmente israelense. Na verdade há vários pontos de treinamento do exercito aqui no deserto, embora nunca os vejamos, a não ser pelos soldados nos ônibus e pelos cerca de 30 misseis no topo de morros de areia, na entrada de Eilat apontados para o Egito. Mas estamos também muito próximos à fronteira com a Jordânia, que é monitorada o tempo todo. Na volta eu resolvi andar pelas plantações do meu kibbutz, mas com todo cuidado porque já haviam me falado que há uma rua no fim que sem querer já estamos pisando na Jordânia, que por sinal eh linda de se ver daqui no fim da tarde, quando suas montanhas estão todas vermelhinhas...
Eu devo dizer que geralmente fui bem tratada e gosto muito de Israel, mas que sou totalmente contra a política ortodoxa religiosa que domina o país e que leva a exageros como os que foram cometidos hoje. Essa ortodoxia pune a própia população secular que não se identifica com esses princípios e que não gostaria de ter que servir o exército por 3 anos.
Tinha uma manhã de folga então resolvi pedalar pelo deserto ate o kibbutz mais famoso da região, que tem uma produção de leite e derivados deliciosa, Yotvata. Uma amiga israelense me contou que quando era criança o momento mais aguardado do ano era a viagem para Eilat, só para parar no caminho e comprar o leite achocolatado, já que não era comercializado pro resto de Israel. Pensei que pedalando ate lá poderia me dar um sorvete de presente. Estava indo pela estrada de areia batida entre as plantações de tâmara e a autoestrada quando vi algo grande vindo na outra direção, algo estranho quando se esta no meio do deserto, mas pensei que seria um trator ou algo parecido. Quando se aproxima percebo que é um tanque do exercito, então obviamente saio da estrada, ele é mais forte que eu, e espero no "acostamento". Então o tanque pára e os soldados falam "oi", ficamos nos olhando dois minutos sem falar nada, então faço aquele gesto de "e então", eles perguntam se está tudo bem, falo que sim, só estou pedalando, eles então vão embora... e eu fico rindo, é uma experiência totalmente israelense. Na verdade há vários pontos de treinamento do exercito aqui no deserto, embora nunca os vejamos, a não ser pelos soldados nos ônibus e pelos cerca de 30 misseis no topo de morros de areia, na entrada de Eilat apontados para o Egito. Mas estamos também muito próximos à fronteira com a Jordânia, que é monitorada o tempo todo. Na volta eu resolvi andar pelas plantações do meu kibbutz, mas com todo cuidado porque já haviam me falado que há uma rua no fim que sem querer já estamos pisando na Jordânia, que por sinal eh linda de se ver daqui no fim da tarde, quando suas montanhas estão todas vermelhinhas...
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