Meus hóspedes em Dunfermline foram o máximo, extremamente gentis e educados.
O plano para a noite do ano novo era jantar na casa deles e ir a Edinburgo, onde a festa é muito famosa- Hogmanay.
Eles haviam convidado seus vizinhos para a ceia, que era uma comida paquistanesa. Marcaram às 18hs. Às 18hs redondas, o Khalil havia decidido que eles não vinham e podíamos começar a comer.
O plano para a noite do ano novo era jantar na casa deles e ir a Edinburgo, onde a festa é muito famosa- Hogmanay.
Eles haviam convidado seus vizinhos para a ceia, que era uma comida paquistanesa. Marcaram às 18hs. Às 18hs redondas, o Khalil havia decidido que eles não vinham e podíamos começar a comer.
Achei estranhíssimo, e sugeri que esperássemos uns 10, 15 minutos, mas ele disse que eles nunca haviam confirmado formalmente o convite, só agradecido, e além disso, os britânicos seriam sempre muito pontuais. Como ele com certeza ele conhecia mais os costumes locias do que eu, não vou discutir, né... são os diferentes costumes que você tem que sempre respeitar, mesmo que não entenda ou lhe pareça ilógico. Só fiquei com pena da Laura, que com um suspiro comentou que tinha muita vontade que eles viessem, e assim expandir seu círculo de amizade.
Assim, nos servimos. Depois de umas duas garfadas...
Como geralmente a lei de murphy funciona, a campainha tocou e os vizinhos chegaram...
Assim, nos servimos. Depois de umas duas garfadas...
Como geralmente a lei de murphy funciona, a campainha tocou e os vizinhos chegaram...
Que pânico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A princípio houve uma janela de oportunidade para resolver a situação: nós estávamos na cozinha (onde tinha uma porta para a rua), e eles chegaram pela porta da sala. No entanto, a Laura ficou tão nervosa que não tinha condições de nehuma ação.
Era eu como a mulher do grupo com a maior capacidade de pensamento estratégico no momento. Então eu pensei rápido, fui à sala rapidamente cumprimentá-los e penso que cochichei pro Khalil fazer sala para eles enquanto nós resolvíamos tudo na cozinha (penso porque ele jura que não ouviu nada, e pode ser que eu tenha só pensado e esquecido de falar em voz alta, acho que me pareceu tão óbvio, que desnecessário falar. E daí que surgem a maior parte dos conflitos nos relacionamentos). E voltei para a cozinha e fechei a porta. Minha idéia era levar tudo pra sala e fingir que nunca tínhamos começado a comer. Laura em pânico.
O que eu vou contar agora é meio nojento, mas vocês têm que entender que a comida não era abundante e afinal só tínhamos dado no máximo 2 garfadas. Assim, eu peguei a salada de todos os pratos e joguei de volta na saladeira. Voltei os kebabs pra travessa tanbém... mas com os meio comidos não sabia o que fazer, porque não tinha coragem de jogar fora e não dava para voltar, então deixei em um guardanapo em cima da mesa enquanto decidia. As ações tinham que ser muito rápidas, ainda tinha que lavar a louça novamente.
A princípio houve uma janela de oportunidade para resolver a situação: nós estávamos na cozinha (onde tinha uma porta para a rua), e eles chegaram pela porta da sala. No entanto, a Laura ficou tão nervosa que não tinha condições de nehuma ação.
Era eu como a mulher do grupo com a maior capacidade de pensamento estratégico no momento. Então eu pensei rápido, fui à sala rapidamente cumprimentá-los e penso que cochichei pro Khalil fazer sala para eles enquanto nós resolvíamos tudo na cozinha (penso porque ele jura que não ouviu nada, e pode ser que eu tenha só pensado e esquecido de falar em voz alta, acho que me pareceu tão óbvio, que desnecessário falar. E daí que surgem a maior parte dos conflitos nos relacionamentos). E voltei para a cozinha e fechei a porta. Minha idéia era levar tudo pra sala e fingir que nunca tínhamos começado a comer. Laura em pânico.
O que eu vou contar agora é meio nojento, mas vocês têm que entender que a comida não era abundante e afinal só tínhamos dado no máximo 2 garfadas. Assim, eu peguei a salada de todos os pratos e joguei de volta na saladeira. Voltei os kebabs pra travessa tanbém... mas com os meio comidos não sabia o que fazer, porque não tinha coragem de jogar fora e não dava para voltar, então deixei em um guardanapo em cima da mesa enquanto decidia. As ações tinham que ser muito rápidas, ainda tinha que lavar a louça novamente.
Laura totalmente em pânico começa a comer a carne dos guardanapos, provavelmente por também não saber o que fazer também...
Aí o pior aconteceu...
Enquanto eu lavava a louça a porta da cozinha se abriu... e não foi sozinha, embora acho que fantasmas fossem mais convenientes neste momento.
Na Verdade, entra o Khalil com os vizinhos...
Ele achou que era mais divertido, ao invés de ficar sozinho com os vizinhos na sala, vir se juntar ao resto do grupo na cozinha.
Quando eu vejo a cena, grito: "não, volta" não sei nem em que idioma...
Enquanto eu lavava a louça a porta da cozinha se abriu... e não foi sozinha, embora acho que fantasmas fossem mais convenientes neste momento.
Na Verdade, entra o Khalil com os vizinhos...
Ele achou que era mais divertido, ao invés de ficar sozinho com os vizinhos na sala, vir se juntar ao resto do grupo na cozinha.
Quando eu vejo a cena, grito: "não, volta" não sei nem em que idioma...
Agora um momento para você tentar imaginar a cena.
Você é convidado para um jantar, que por acaso é a ceia do ano novo, e quando a porta da cozinha da casa abre você vê: uma espanhola, dona da casa, comendo desesperadamente comida meio comida em pé, ao lado da mesa; uma brasileira lavando a louça e vermelha; a certeza de que todos estavam jantando antes de você chegar.
Que vexame. Quando finalmente nos sentamos todos na sala, o marido do casal de vizinhos se recusou a comer, nem lembro qual foi a desculpa que deu. A esposa e a Laura falaram mais do que o homem da cobra. E eu comi como uma louca (embora estivesse com muita fome porque não havia almoçado).
Para finalizar, às 21hs os expulsamos porque tínhamos que ir à festa em Edinburgh, para a qual já tínhanos comprado ingresso.
Ainda bem que não foi na minha casa!
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