As fotos dizem tudo, mas vou escrever algumas palavras sobre o efeito da música e da arte sobre mim.
Eu não sou ninguém sem música. Um dia meu HD ameaçou quebrar e a primeira coisa que eu pensei foi "O que será de mim nessa cidade sem a minha música". Com a música eu viajo, eu irrigo minhas veias, eu dou vida às minhas carnes adormecidas. A música me mexe, me transforma, me condiona, me dirige. Por motivos práticos, eu não segui a carreira artística da minha família, mas isso não me torna menos artista e o mesmo sangue corre em nossas veias.
Ouvir a jam session que foi produzida pelos artistas da primeira noite do festival me fez chorar, assim, na rua, no bar. Assim, depois de tanto tempo sem ouvir uma música mágica ao vivo. Ouvir o Lenine passando o som no segundo dia do festival me fez pular na praça do Platô. Abraçá-lo, ouvir a sua filosofia de vida, como reagiu às provocações dos cabo verdeanos (fizeram uma pergunta a ele, no workshop, sobre o Brasil querer colonizar Cabo Verde), me fez me orgulhar cada vez mais de ser brasileira. De ser desse país mágico, de cultura, de mestissagem, de respeito. Essa é a imagem que eu tenho da maioria das pessoas que eu conheci. Idiotas há em todos os lugares.
A música é um direito, ouvir boa música, ao vivo. Espero que o festival, que teve sua primeira edição esse ano, perdure e que os cabo verdeanos saibam apreciar a oportunidade que estão tendo. E que eu possa achar a música em cada esquina da cidade e em cada trilho da minha vida.
A música é um direito, ouvir boa música, ao vivo. Espero que o festival, que teve sua primeira edição esse ano, perdure e que os cabo verdeanos saibam apreciar a oportunidade que estão tendo. E que eu possa achar a música em cada esquina da cidade e em cada trilho da minha vida.
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