segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A saga cabo-verdeana

Vir para Cabo Verde é uma tarefa que exige muita vontade, paciência e determinação . Quero relatar a saga da vinda da minha mãe para que todos que pensam em vir me visitar reflitam bem e visualizem a tarefa, que não é simples. Não é só comprar uma passagem no cartão, pegar um avião e chegar abanando a bandeirinha...
Primeiro a TACV só aceita compra de passagem à vista, cash. Depois as vendedoras são bem antipáticas e não tem muita vontade de ajudar, como se comprar a passagem fosse um favor que ela faz a você. Depois, com a passagem em mãos, você se dirige ao aeroporto de Fortaleza. Lá com certeza você receberá a notícia de que o vôo está atrasado, resta saber quanto. Essa informação você nunca receberá, o truque deles é ficar adiando o vôo de uma em uma hora, porque geralmente eles também não sabem de nada. A desinformação entre a companhia é enorme. Aí você tem duas opções: se eles estão de bom humor você vai a um hotel pago por eles esperar notícias ( o que aconteceu com a minha mãe), ou se eles estão num mal dia você fica aguardando no aeroporto a alteração de 1 em 1 hora no painel (o que aconteceu comigo). Bom, o atraso no vôo da minha mãe foi de 26hs, das quais 5hs passadas na sala de embarque do aeroporto. Daqui eu não obtia nenhuma informação além de "o vôo foi cancelado". Quando eu tentava argumentar que sim, eu já tinha entendido isso, mas queria saber para quando o vôo tinha sido adiado, afinal os passageiros que estavam em Fortaleza tinham que vir em algum momento, a resposta era "Você não entendeu, o vôo foi cancelado". Por fim domingo às 1h me disseram que o vôo tinha ido de Fortaleza a Sal (outra ilha de CV) e que o vôo de Sal chegaria às 1:45. Então fui ao aeroporto. E esperei 4hs também, porque o vôo chegou às 5hs da manhã, sem as malas de ninguém. Trouxeram os passageiros, mas deixaram as malas em Sal. Mais 1h30 no aeroporto para aguardar o único funcionário disponível da empresa fazer o registro da perda de bagagem de todos os passageiros (isso que estávamos na terceira posição da fila). Enfim, home sweet home, mas domingo foi o dia todo na mesma saga para tentar descobrir quando as malas iam chegar. Por fim, voltamos ao aeroporto à noite e as malas já tinham chegado. Ou seja, minha mãe saiu de sua casa na sexta feira às 11hs da manhã e estava completa em minha casa às 22hs do domingo. Isso é uma viagem pela TACV* bem vindo à companhia aérea cabo-verdeana.
Mas está sendo muito gostoso ter a mamys aqui. Ontem demos uma volta pelo mercado do Sucupira para tentar comprar alguma roupinha para ela, caso a mala demorasse a chegar, mas estava quase tudo fechado. Então fomos comer um peixinho na beira da praia, tomamos uma cervejinha gelada para relaxar e voltamos andando para ela aprender o caminho casa-praia, ela achando tudo lindo, parecido com São João Del Rey... só acho que ela exagerou um pouco ao dizer que a cidade era limpinha, mas enfim, essa foi a opinião dela! Bem-vinda, mamys!

Um comentário:

Anônimo disse...

Fía!!!
Que delícia ter a mãezinha pra fazer companhia, tomar café, meter o bedelho em tudo, dar colo e tudo de bom que as mães têm pra oferecer!
Olha, devo confessar que fiquei meu desempolgada com o relato da ida a Cabo verde...hehe. Talvez pudéssemos nos encontrar lá em Marrocos, ou até mesmo na Espanha, que tal? hehehehe...

Beijos Tupiniquins,

Danisvalda.

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